sábado, 10 de julho de 2010

sexta-feira, 2 de julho de 2010

ATUALIZAÇÃO

Assista aos programas Vereda Literária gravados com importantes nomes do universo artístico-literário nacional e internacional. Acompanhe e participe, com comentários e sugestões, pelo endereço:

veredas@veredasecenarios.com.br

IMPORTANTE:

Este blogue integra, também, o site:

www.veredasecenarios.com.br

sexta-feira, 25 de junho de 2010

APRESENTAÇÃO

8 anos depois de interrompermos a produção do programa Vereda literária e 4 anos e meio depois de interrompermos também a produção de seu sucessor, programa Letras em curso, o projeto-matriz ressurge agora com toda a riqueza de possibilidades que os novos meios de informação e comunicação possibilitam.

Para evitarmos desnecessárias repetições, reproduzimos no texto seguinte (“Palavras de um apresentador que agradece”) o conteúdo básico deste nosso projeto – desde sempre atemporal.

Não poderíamos deixar, no entanto, de referirmos a dois de seus característicos aspectos. Primeiramente, a re-união da equipe idealizadora e coordenadora do projeto, composta pelo diretor geral, Melquíades Almeida Lima, pelo produtor e diretor-assistente, Abel Amâncio Silva, e Helton Gonçalves de Souza, pesquisador e apresentador dos programas televisivos. Nossos perfis detalhados encontram-se disponíveis nos links desta página para os nossos respectivos blogs. Motivo de grande satisfação e alegria, estamos disso certos e com o fortíssimo desejo de continuarmos contribuindo – até sempre, se Deus quiser – para o incremento do universo artístico-cultural, já agora oportunamente ampliado, pelas possibilidades dos novos meios de comunicação, em termos de alcance mundial. Oxalá a participação e contribuição de muitos e muitos e mais inumeráveis muitos nos sejam favoráveis!

Em segundo lugar, à proposta básica atual, acrescenta-se o seguinte objetivo: tornar disponíveis a todos, em caráter permanente (na televisão isto não seria evidentemente possível), o acervo de todos os programas gravados. Com a significativa diferença, também, de que aos vídeos aqui reproduzidos serão acrescentados elementos novos (sinopses, transposições para a linguagem escrita, legendas, entrevistas de revisões e atualizações, textos e comentários críticos etc. etc. etc.).

E, desde já, a promessa de novos programas, com novas entrevistas gravadas, bem como ao vivo, depoimentos, documentários, fóruns de discussão na internet etc.

Que valha, portanto, este texto como um sucinto editorial!

Já o texto abaixo reproduz a apresentação que fizemos para o livro Vereda literária, publicado no ano de 1997, contendo a transcrição dos 19 primeiros programas gravados e levados ao ar semanalmente pela TV Top Cultura de Ouro Preto, TV Cultura de São Paulo (com retransmissão pela Rede Minas) e TV UNI-BH (em Belo Horizonte). O conteúdo do livro será adicionado aos vídeos respectivos dos programas aqui reproduzidos, bem como a sua transcrição completa (com prefácio do escritor Fábio Lucas) será apresentada em link específico.

Desejamos a todos uma útil e prazerosa navegação (pois é com indizível prazer que nos dedicamos a este empreendimento!), bem como uma ativa participação no enriquecimento deste ambiente.

Com os nossos mais fraternos e cordiais abraços,

Equipe de coordenação.


PALAVRAS DE UM APRESENTADOR
QUE AGRADECE

Quisemos, em princípio, redigir uma apresentação que explicasse, por exemplo, a intenção do título deste projeto: Vereda literária, que remete ao sentido denotativo da palavra vereda: um espaço físico compreendido na vasta caatinga e abundante em curso de água orlado de buritis. Quanto a um sentido figurado, acréscimo, vereda pode ser palavra que aponta a opulência do oásis em pleno deserto. Mais se acrescente, então: vereda como ocasião, momento, oportunidade (conforme o Aurélio)... de apresentação da gente e da obra da nossa vida literária.
Uma pergunta, também, seria importante que se fizesse, a título de justificativa do projeto: existem hoje em nossas mídias (eletrônicas, sobretudo) espaços suficientemente reservados para enfoque nos temas gerais da Literatura e da vida literária, por meio de entrevistas diretas com autores, editores/distribuidores/livreiros, professores, leitores qualificados et alii? Temos, por agora, suficientes espaços que cumpram objetivos básicos na vida da Arte e da Cultura, tais como:
a) divulgar o pensamento e a experiência profissional desses mesmos entrevistados?;
b) incentivar a produção literária, o consumo do livro e a discussão geral sobre a arte literária?;
c) valorizar a circulação e a recepção dos discursos literários?;
d) promover o diálogo das instâncias de produção, circulação e recepção da arte literária, por meio do envolvimento direto de seus atores principais, ou seja: autores, editores/distribuidores/livreiros, professores, leitores qualificados et alii?
Vereda literária é projeto ambicioso de muito pouco: mexer no gosto de ler, de escrever, de dialogar sobre Literatura. E é tanta a gente que seriamente se ocupa com os objetivos acima... Entretanto, precisa-se de mais mídia. Vereda literária é meio, não fim. É meio de pretendermos tal mexida. Então: pronto. Resta agradecer a seus realizadores.
A quem e por que ordem agradecemos? Primeiro, ao prof. Melquíades Almeida Lima, que nos fez o convite para a elaboração do projeto e dirigiu e dirige a criação do programa televisivo. Ainda ao prof. Melquíades Almeida Lima, parceiro constante no diálogo sobre a transformação do programa televisivo em programa hipermídia. Aos dirigentes da Fundac-BH: profa. Maria Lúcia Faria Azevedo Carneiro Soares, Diretora do Centro de Cultura da Fundac-BH; prof. Ney Soares, Presidente da Fundac-BH; e o administrador Eduardo Soares de Oliveira, Gerente da Fundac-BH; pelo pronto apoio e patrocínio, até hoje suficientemente amplos para o sucesso do projeto, em benefício da Arte e da Cultura. Ao prof. Abel Amâncio Silva, que, em tempo certo, juntou-se a nós como produtor responsável e diretor de externas. À deliciosa equipe de produção e gravação, integrada por:

Cenário: Nilson Cury Bastos; Iluminação: Flander de Souza e Alex Wellington; Câmera: Alex Wellington, Leonardo Costa e Alex Costa; Edição: Leonardo Costa; Computação gráfica: Waldiane Ávila Fialho; Programação visual: Nilson Cury Bastos e Waldiane Ávila Fialho; Assistente de produção: Rodrigo Almeida de Carvalho; Áudio: Flávio Lage; Produção e direção de externas: Abel Silva; Direção de TV: Evandro Veras; Fotografia: Sérgio Costa e William Eustáquio Dias; Apoio administrativo: Mariza Alves Moreira e Janaína Maria Bastos; Direção geral: Melquíades Almeida Lima.

[...]

A todos os nossos telespectadores (e, desde já, leitores e mais...), tantas vezes, com suficiente tolerância, ajudando-nos a dialogar sobre a sempre insuficiente (ainda bem) arte literária.
Desculpem-nos retomar um texto já tão tomado, mas assim fazemos agora para não sermos tomadores de mérito alheio (tomador, no Aurélio: “aquele que faz uma operação de crédito em favor de si mesmo”), a todos aqueles que, nominalmente, acima não pude denominar. Contradição, sem dúvida, imperdoável de nossa parte. (Será o sertão de uma memória fraca?). Com o nosso máximo respeito, queremos que sigam-se perguntas para os trabalhadores que fazem o que se vê, se ouve, se lê e mais, numa apresentação, enfim, meio às avessas, de quem apresenta, realmente, veredas literárias:

PERGUNTAS DE UM TRABALHADOR QUE LÊ
Bertolt Brecht

Quem construiu Tebas de sete portas?
Constam dos livros os nomes dos reis;
terão os reis arrastado os blocos de pedra?
E Babilônia, tantas vezes arrasada
– quem, tantas vezes, a reconstruiu?
Em que edifícios da dourada Lima os construtores moravam?
Para onde iam, à noite, os pedreiros, depois de pronta a Muralha da China?
A grande Roma é cheia de arcos de triunfo. Quem os ergueu? Sobre quem
triunfavam os césares? Teria a tão decantada bizâncio
só palácios para os seus habitantes? Até na lendária Atlândida,
na noite em que pelo mar foi tragada,
os afogados devem ter gritado pelos seus escravos.
O jovem Alexandre conquistou a Índia
sozinho? César, vencendo os gauleses,
não levaria consigo ao menos um cozinheiro?
Chorou Felipe de Espanha quando a sua esquadra foi
a pique; e ninguém mais terá chorado?

A cada página um grande feito.
Quem cozinhava o banquete?
De dez em dez anos, um grande homem.
Quem pagava as despesas?

Tantas histórias,
quantas perguntas.

Por fim, parafraseio, meio pedindo desculpas pela omissão de nomes mais que fundamentais: tantas entrevistas, quantos autores? – da gente e da obra, certamente, da nossa vida literária.
Fazemos homenagens especiais para: Kleber Garcia Campos, amigo de muito incentivo e diálogo, pelo ensaio e gravação do primeiro programa Vereda literária, em fins de 1995; José Gabriel Said, mestre na paixão de ler; e Everaldo Ferreira (in memoriam), mestre na provocação do gosto pela arte literária, prova viva de que vale provocar:

Com gostoso prazer, Everaldo,
somos cria de sua influência:
você vive.

Em tempo: por que falamos, anteriormente, em hipermídia? Porque este livro significa um ato de transcrição daquilo que foi, originalmente, ato de fala (aludimos, aqui, a um clássico texto de Roland Barthes: Do ato de fala ao ato de escrita). Outros atos que pretendemos produzir: de escrita, representação, constituição de acervos, multimídia e mais. Enfim: para dar-se a ler, ouvir, ver, dialogar sobre tantas veredas literárias neste nosso Brasil da Arte e da Cultura.

Obrigado a todos!

Helton Gonçalves de Souza
Pesquisador e apresentador do programa televisivo Vereda literária

terça-feira, 22 de junho de 2010